Tradicional estreia temporada de espetáculos no Festival de Cirandas 2024

Neste sábado é a vez da Ciranda Flor Matizada se apresentar no Parque do Ingá

Música, poesia e folclore se traduzem em ciranda na arena do Parque do Ingá, em Manacapuru (distante 68 quilômetros de Manaus). A 26ª edição do Festival de Cirandas, que movimenta a Princesinha do Solimões, teve início nesta sexta-feira (30) com apresentação da Ciranda Tradicional, que defende o bicampeonato com o tema “Marangatu, uma odisseia amazônica”.

O festival atribui o folclore à identidade cultural do município. O secretário estadual da pasta, Marcos Apolo Muniz, reforça o compromisso do governo em promover e preservar o legado das festas populares tradicionais. Além do aspecto cultural, o festival é reconhecido pelo secretário como uma importante atividade econômica para o município.

Espetáculo dourado

A Ciranda Tradicional, representada pelas cores vermelho, dourado e branco, saiu em busca do tricampeonato, exaltando a preservação da Amazônia. Com o tema “Marangatu, uma odisseia amazônica” a sonoridade cirandeira ecoou no Parque do Ingá.

Para falar de preservação, a ciranda da Terra Preta conduziu o espetáculo pelos quatro elementos da natureza – fogo, água, ar e terra – apresentou causas, efeitos e os defensores de cada elemento. O presidente da ciranda, Magal Pinheiro, falou sobre a importância do tema. “Estamos trazendo um tema que na atualidade está tudo acontecendo na Amazônia, a seca, a fumaça, o desmatamento. Então, no meu ver, ainda há tempo de cuidar da nossa Amazônia”, falou emocionado.

Os povos originários foram representados por mulheres indígenas com participação exponencial. Os gigantescos módulos alegóricos também remetiam aos elementos da natureza em uma versão mais tecnologia, com movimentos, LED e muita pirotecnia.

Mantendo a tradição, a agremiação levou para arena elementos que caracterizam o folclore cirandeiro. A Mãe Benta, interpretada por Georgia Varela fez a sua estreia no Parque do Ingá. Ela reconhece os diferentes aspectos de importância do festival. “Com certeza, a valorização folclórica, que por trás também tem trabalhadores, costureiras, aderecistas, pessoas que fazem as alegorias e a gente que ama e faz por amor de coração e se entrega de corpo e alma”, finaliza.

LEIA MAIS:  VÍDEO: Jovem que matou a própria mãe a golpes de martelo é preso no AM

A torcida também fez a sua parte. Campeã no ano passado, a Torcida Organizada da Tradicional (TOT) comprovou uma energia imbatível. Segredo do sucesso revelado por Shirley Marques. “É o carisma e a rivalidade que nós não temos. Se as outras têm, nós não temos”, disse.

Após a apresentação no Cirandódromo, a festa continuou no palco alternativo montado na Rodoviária de Manacapuru. Atrações musicais se estenderam madrugada adentro com Drikka Moreno e Banda, Guto Lima e Banda Xiado da Xinela.

Nesta noite de sábado (31), a partir das 21h30 até a meia-noite, o Parque do Ingá recebe a Ciranda Flor Matizada, em seguida, no palco alternativo vão se apresentar Dieguin Damasceno e Banda, Ricardo Mendes, Mikael e Banda.