O avanço da tecnologia de fibra ótica pode recuperar o prestígio da inteligência artificial
O aumento da velocidade da simulação de sinapses no computador pode recuperar o prestígio da inteligência artificial. A inclusão da ludicidade, possível de ser inserida com o streaming de vídeo, somada ao mixing do que chamamos de tecnologias exponenciais, aquelas que mudam quase tudo quando são implantadas retirando das pessoas de suas “zonas de conforto” desenvolvendo tarefas tradicionalmente rotineiras e que pouco trazem de aproveitamento para a empresa.
A universidade técnica de Nanyang acabou de colocar o seu nome no mapa e quem sabe na estrada daqueles que lutam para recuperar o prestígio da inteligência artificial, cuja evolução foi bloqueada por não se conseguir reproduzir, nas máquinas, a velocidade das sinapses que ocorrem no cérebro. Jovens doutores devem acorrer aos balcões de oferta de cursos. O apelo da notícia é muito grande.
A responsável por esta façanha é uma nova tecnologia denominada “photonic synapses”. A infraestrutura utilizada foram redes de microfibras de sulfeto metálico amorfas. Elas podem fazer com que as sinapses nas máquinas sejam muito mais rápidas do que aquelas encontradas no cérebro humano. Ela faz parte integrante de um conjunto de buscas reunidas sob a designação de “neuromorphic computing”. Estas novas arquiteturas imitam a abordagem do cérebro para armazenamento e processamento simultâneo de informações
Não importa que a ideia seja complexa o que impressiona e assusta as pessoas é imaginar o alcance que esta descoberta pode atingir. A explicação do fenômeno com detalhes técnicos faria o leigo suspender a leitura, certamente irritado. A fibra ótica pode enviar milhões de sinais por segundo, mais do que os verdadeiros neurônios. A partir daí, o que as máquinas poderão fazer não passa de especulação.
Isaac Asimov (autor de – Eu robô) estaria preocupado. Isto porque, a partir daí, os robôs poderiam realmente pensar e muito mais rápido que o fazem hoje e até mais rápido que o faz o cérebro. Será que suas leis da robótica continuariam a ser respeitadas por máquinas semelhantes ou superiores aos seres humanos? Esta é uma das inúmeras dúvidas que surge em quem lê esta notícia. O primeiro pensamento é associar esta plataforma às regras e algoritmos utilizados na IA – Inteligência Artificial, fazendo com que novos e inovadores procedimentos venham a ser estabelecidos.
Algumas pessoas pensarão na imortalidade. Outras pessoas em viagens interestelares, fazendo uma nave que desafiaria mister Spock com toda a sua inteligência. Generais de muitas estrelas certamente irão temer esta tecnologia na conta de algo mais perigoso que uma guerra nuclear. Ao comum dos mortais a possibilidade assusta, principalmente quando ela é manchete de jornais. Haverá algum sistema operacional capaz de suportar um processamento com tal característica? Somente o tempo pode responder. Por enquanto nada mais podemos ser do que expectadores colocados na torcida e com a esperança que as coisas possam ocorrer em um nível de velocidade que o comum dos mortais possa acompanhar.