Síndico e tenente dos Bombeiros é acusado de usar cargo para perseguir moradora após episódio de agressão em condomínio

Caso ocorrido no Residencial Forest Hill levanta suspeitas de abuso de poder e violência institucional em Manaus

Manaus (AM) – Um caso que começou com uma agressão física dentro de um condomínio em Manaus ganhou novos contornos e se tornou um possível exemplo de violência institucional e abuso de poder.

A vítima, moradora do Residencial Forest Hill, localizado no bairro Colônia Terra Nova, denuncia estar sendo novamente atacada — desta vez, por meio de uma notificação oficial assinada pelo próprio agressor.

O autor da agressão é identificado como Antonio Ferreira de Oliveira Junior, síndico do condomínio e tenente do Corpo de Bombeiros do Amazonas.

De agressor a acusador

Após o episódio ocorrido em 16 de outubro, quando a moradora afirma ter sido agredida verbal e fisicamente, o síndico emitiu uma multa sumária contra a vítima, tentando inverter os papéis e acusá-la de perseguição e ameaça.

O documento contradiz os relatos de testemunhas, que afirmam que foi o próprio Antonio quem chegou alterado, partiu para cima da moradora, a ameaçou e quebrou o celular dela.

“É uma inversão absurda. A vítima virou ré. E quem cometeu a agressão está assinando o castigo. Isso não é justiça, é perseguição”, disse um morador que presenciou o caso.

Abuso de autoridade e indignação dos moradores

A atitude do síndico, que também é militar, tem causado revolta entre os condôminos. Para eles, o caso expõe um uso indevido da estrutura do condomínio e do cargo público para tentar se isentar de responsabilidade.

“A gente espera proteção de um servidor público, não esse tipo de conduta. Ele se vale do uniforme e do cargo para oprimir, não para servir”, desabafou outro morador.

Corpo de Bombeiros é cobrado por posicionamento

Diante da gravidade dos fatos, moradores cobram que o Corpo de Bombeiros do Amazonas se manifeste e apure com rigor o comportamento do tenente.

A permanência de Antonio Ferreira de Oliveira Junior como síndico também vem sendo questionada, já que sua postura autoritária e conflituosa estaria comprometendo o ambiente de convivência no condomínio.