Mulher em cárcere privado escapa após cinco anos vivendo em garagem de casal
Vítima era obrigada a tomar banho com cândida, comer alimentos com detergente e dormir em cadeira de praia
Após cinco anos presa, uma mulher de 45 anos conseguiu escapar da garagem onde era mantida em cárcere privado por um casal — sua antiga colega de quarto, de 60 anos, e um homem de 82 anos. A fuga aconteceu no dia 14 de outubro, em Saint-Molf, na França.
Segundo o jornal Daily Mail, antes do incidente, a colega de quarto da vítima trabalhava como auxiliar de enfermagem em uma casa de repouso, onde conheceu o idoso. Logo, decidiu levá-lo para casa, e foi aí que os abusos começaram.
No final de 2019, o casal obrigou a vítima a morar em uma tenda no quintal da própria casa, desviou o dinheiro das contas bancárias da mulher e se aproveitou dos benefícios sociais que ela possuía.
A situação escalonou em abril de 2022, quando ela foi trancafiada na garagem da casa, forçada a dormir em uma cadeira de praia, tomar banho com cândida, fazer suas necessidades em sacos plásticos e comer mingau com detergente.
A acusação alegou que o casal manteve a vítima em condições “extremamente precárias”, e acrescentou que nas raras ocasiões em que ela era permitida sair de seu cativeiro, era obrigada a passar longos períodos embaixo da chuva. Eles também foram acusados de manter a vítima constantemente dopada.
No entanto, no dia 14 de outubro de 2025, a mulher conseguiu uma brecha para escapar quando o homem estava distraído assistindo à televisão, às 21h30. A vítima correu para a casa de um vizinho, que chamou a polícia.
“Quase nua, ela veio e bateu na janela” e explicou que estava sendo “mantida em cativeiro” por cerca de cinco anos, explicou o procurador da República de Nantes, Antoine Leroy.
O casal reconheceu as condições precárias em que mantinha a vítima, mas minimizou sua responsabilidade no crime.
Ambos foram acusados de cárcere privado, tortura, extorsão, abuso mediante fraude e exploração de vulnerável. O conjunto pode resultar em prisão perpétua para os suspeitos.
Atualmente, o caso segue sendo investigado, e o homem está sob supervisão judicial, enquanto a mulher segue sob custódia.